"Amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito."
Sempre prezei por esse sentimento. Tanto é que, pelo que eu acho, na grande maioria das amizades que eu tenho, não podem reclamar tanto assim. Aparte dos meus defeitos de ser chato e teimoso e por vezes cruel, sei que dou meu feedback além do necessário aos queridos do meu coração. Eu ouço, compartilho, busco e entretenho. Trago lanche, compro presente fora de época, faço rir mesmo sem ter muito o que falar, precisou to aqui, mesmo pra um amigo semi;ou ausente mesmo. Mas eu sei que faço mais do que precisa. Sem ser presunçoso demais, digo que faço sim pra muitos amigos mais do que recebo deles, minha mae já dizia isso, e na época eu cheguei a negar um fato que hoje a mim é tão claro , como diria a thais: mais claro que isso só se fosse albino. HAHA'. Outra coisa é o meu lance de preservar a amizade do ponto onde ela parou depois de muito tempo - isso está me cansando. Por partes. Eu sou mais amigo que muitos amigos meus me são. Não que não tenha os amigos de ouro, que sem os quais eu não seria nada, mas é uma verdade constatada. Eu vejo isso quando eu pego e viajo quilômetros para ve-los, perco sono, trago comida sem pedirem, faço frentes, apresento amigas, e não recebo muito em troca. Aliás, há casos de amigos que resolveram mudar 312% comigo, e eu nem sie bem o que eu fiz, não se diz. Há os bons amigos aos quais eu chego e quero aproveitar e dizer "e ai, beleza? Que saudades!". Amigos de verdade, que eu confio. Tenho alguns espalhados em varios lugares. E há esses amigos supracitados que me dão vontade de dizer "Oi! E aí, desculpa?"
É foda.
Isso culmina numa regra antiga minha de preservar amizades long term. Claro, amizade de longa data, que coisa mais legal, mas tem vezes que o amigo muda pra pior. A verdade é que todomundo muda um tanto em tanto tempo, e ao longo do tempo o maig já não é mais o mesmo mas eu me refiro aos amigos que mudaram totalmente em um espaço curtissimo de tempo. Aqui, nas minhas férias, eu contava nos dedos a hora de chegar e partir pros rolês eternos. Hoje, eu já torço pra um e outro não comparecerem, ou se não, explicar o que está acontecendo. Penso que se aculpa fosse realmente minha, haveria um conserto e voilá. É só mais fácil de pensar isso, ainda que isso seja improvável (não pelo motivo não poder ser meu, mas pela sinceridade que falta em algumas amizades). A nova regra da casa é: vou ser amigo a medida da resposta amizadística do outro. É legal, tá ali, também estarei, pro bom e pro ruim. Fez a linha cuzão por esporte, mudou e despreza até não poder mais, recebe isso. Assim, simples.
2010 foi feito pra eu focar nos amigos que me fazem querer ser melhor, que me espalham coisas boas e legais. Que me ajudam a ser uma pessoa melhor, e acreditam em mim apesar de mim mesmo.